sexta-feira, 19 de abril de 2013
Carta ao amante II
E continuou a escrever, coitado, como se alguém, algum dia, fosse ler:
"... talvez, pra lá de Bagdá, em meio a tanta bomba, nosso amor, meu amor, vá reinar. Reino, logo te aviso, sem súdito. Apenas dois escravos, surrados, cansados e, costumeiramente, maltratados. Eles querem somente um pouco de água, descanso e calma.
Falta um pedaço em cada um. Um pedaço do o outro. O outro que, do outro lado, vai indo pra longe, mais longe e longe... nosso carinho é como pedra solta no rio. A correnteza leva pra longe, mas a água continua a tocar."
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