Os olhos correm pelo espaço vazio na sua procura. Ou melhor, procurando algo que te traga até aqui. Um defeito qualquer, um conserto torto, um concerto pronto. Mas agora amanheceu. Fez-se claro da sua ausência, da minha dor. Há aqui a emergência, agora, de um novo gostar que vá varrer os cacos caídos da noite de espera.
Novos sentimentos loucos, novos motivos para, novamente, habitar o chão do quarto escuro e frio. Novos motivos para ter novos motivos para ter... esperança.
Observar o dia cair lentamente e surgir o primeiro fio de claridade. Fio mais fino do que a linha de cumplicidade e carinho que nos amarra, aperta e um dia, depois de tanto angustiar, parti. O fio e você. Partem. Se põem. Escurecem.
Amanhecemos mais uma vez.
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