Um dia ouvira de alguém que "até mesmo um copo vazio está cheio de ar". Mas que empáfia, pensara. Não, ele não havia como parar de pensar nisso. Era dia e noite, noite e dia. Amadurecendo a ideia, trouxe pro lado pessoa. Não se imaginava copo, não. Era louco, mas não nesse ponto. Mas havia sim uma semelhança. Estavam - ele e o copo ou ele e alguém? - vazios. E se aproximavam-se por aí, ele tinha certeza que se distanciavam em outro ponto. Ele tinha o coração vazio de amor, mas cheio, muito cheiro, transbordando, de alguém. Alguém que ali não cabia mais, alguém que transbordou, caiu e saiu de onde deveria estar.
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